5 tendências da indústria alimentícia

Setor está passando por mudanças que vão do gosto dos consumidores a revoluções tecnológicas

Redação
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A empresa de alimentos e bebidas Mattson se destaca, principalmente, por uma fator: o desenvolvimento de conceitos e a formulação de produtos para as várias ramificações da indústria alimentícia, incluindo comidas “de fora de casa”, bens de consumo embalados e ingredientes, entre outros. Para ela, é importante tentar decifrar o horizonte da próxima super-comida ou ingrediente. Entretanto, sua inovação é mais influenciada pelas macro tendências, capazes de impactar a forma como as pessoas lidam com os alimentos.

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Veja na galeria de fotos cinco macro tendências do ramo da comida e bebida para 2017, segundo a Mattison:

  • Produtos perfeitamente imperfeitos

    Os clientes empreendedores da indústria da alimentação tendem a ser os mais inovadores, levando os fabricantes a se afastarem das fórmulas de comidas tradicionais. Enquanto a indústria acha que atingiu a perfeição sensorial nos protótipos, alguns clientes realmente querem que seus produtos não sejam tão perfeitos. Ela sabe como resolver texturas e sabores mais desagradáveis, mas o clientes MIllennials não se importam com essas “falhas”. Na realidade, eles as veem como um sinal de autenticidade. Como resultado, estão sendo fabricados leite de amêndoas que, depois de 20 minutos em descanso, decantam, quando, na verdade, as indústrias sabem muito bem como fazer bebidas cremosas e que permaneçam em suspensão.

    Essa revolução é, em parte, baseada nos desejos dos consumidores por produtos com cada vez menos ingredientes. Até itens benignos, como sabores naturais e amido de milho, são vistos como desnecessários e desprezados. Atualmente, menos é mais. E essa tendência está sendo estendida também para o trabalho de marca, design e embalagem. O resultado de tudo isso é que a percepção de um alimento perfeito está mudando. Só o tempo dirá se os consumidores aceitarão esses produtos “imperfeitos”, mas, ao que tudo indica, os clientes com menos de 30 anos estão muito abertos a essa novidade.

  • Cozinhas inteligentes + aparelhos inteligentes + comidas inteligentes

    A Mattison prevê que equipamentos tecnológicos e revolucionários vão continuar a surgir, ferramentas que facilitam o dia dos consumidores, poupam tempo, habilidade e evitam a desorganização. E diz que está acompanhando o surgimento de produtos e modelos de negócios interessantes, como a HomeTap, que oferece cerveja artesanal que é “tirada” em casa. E os fabricantes não estão sozinhos. A HomeTap, por exemplo, associou-se com cervejarias artesanais em todo o país para oferecer um menu rotativo de mini barris, criando um sistema parecido com os de cápsulas de café.

    Outro exemplo: em 2016, a Amazon lançou uma linha de comidas de marca própria. O robô Alexa – febre nos Estados Unidos em 2015 – pedia a sua pizza direto na Domino’s. Em 2017, uma parceria com a Whirlpool vai permitir que as pessoas controlem a temperatura da geladeira, o tempo que falta na secadora de roupas e o pré-aquecimento do forno com um simples comando de voz para Alexa. Imagine o que a Amazon poderia fazer ao juntar a sua linha de alimentos a um aparelho personalizado, que funciona com comando de voz.
    Segundo a Mattison, a Amazon vai, um dia, controlar uma grande porcentagem dos dólares gastos nos Estados Unidos. Por quê? Porque ela tem a tecnologia e o canal de distribuição para entregar aos americanos o que eles querem, da maneira como querem comprar.

  • O movimento da alimentação baseada em ingredientes de origem animal para uma alimentação à base de plantas para uma agricultura celular

    A primeira fase da mudança de dietas baseadas em ingredientes de origem animal para dietas à base de plantas está a caminho. Ela é impulsionada pela criação de alternativas deliciosas aos produtos animais que comemos regularmente. E é por isso que a dieta baseada em plantas, com produtos como o leite vegetal, está virando um mercado que vale bilhões de dólares.

    A segunda fase dessa transformação longe dos animais de fazenda é limitar não apenas a criação, mas também os campos de plantação. Considere, no lugar disso, produções sustentáveis à base de proteína animal ou produtos baseados em animais, como o leite. Já existem tecnologias para o desenvolvimento de carne e leite a partir do DNA das vacas. Portanto, com esses avanços, não vai demorar muito para vermos bifes sem vacas, frango frito sem galinha e receitas com ovos sem ovos. Essa é a agricultura celular.

  • Esqueça o varejo tradicional

    De compras online e serviços de refeições por assinatura a aquisições virtuais instantâneas em tempo real, os Millennials estão mudando o significado do varejo. Uma das inovações mais interessantes nessa área foi a Amazon Go. O projeto ainda não foi completamente executado, mas a premissa de eliminar a trabalhosa e ineficiente fila é revolucionária. A Amazon Go substitui a pior parte de fazer compras por uma solução eletrônica de check out extremamente engenhosa. Se a ferramenta funcionar, vai permitir que a Amazon fique em grande vantagem em relação aos varejistas já existentes. Devido à grande demanda dos consumidores por soluções personalizadas, customizadas e imediatas, a inovação está vindo de fora da indústria alimentícia.

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  • As implicações da era da pós-verdade no setor de alimentos e bebidas

    2017 está inaugurando a era da “pós-verdade”, na qual as pessoas acreditam mais na sua intuição e na opinião de outras pessoas do que nos especialistas. Das modificações genéticas ao glúten, do açúcar aos suplementos, os consumidores estão obtendo suas informações de fontes variadas e têm diversas opiniões em assuntos que impactam diariamente a sua decisão sobre a comida.

    O Pew Center, que fornece informações sobre questões, atitudes e tendências, conduziu um estudo sobre alimentação que descobriu, por exemplo, que 39% dos participantes acreditam que alimentos geneticamente modificados são pior para a saúde do que aqueles que não são modificados geneticamente. Isso significa que há muitas pessoas que acreditam no seu instinto, mesmo que a Academia Nacional de Ciências tenha concluído que “a comissão de estudos não encontrou nenhuma evidência substancial de uma diferença nos riscos para a saúde humana entre os alimentos atualmente modificados comercializados e colheitas tradicionais”.

Produtos perfeitamente imperfeitos

Os clientes empreendedores da indústria da alimentação tendem a ser os mais inovadores, levando os fabricantes a se afastarem das fórmulas de comidas tradicionais. Enquanto a indústria acha que atingiu a perfeição sensorial nos protótipos, alguns clientes realmente querem que seus produtos não sejam tão perfeitos. Ela sabe como resolver texturas e sabores mais desagradáveis, mas o clientes MIllennials não se importam com essas “falhas”. Na realidade, eles as veem como um sinal de autenticidade. Como resultado, estão sendo fabricados leite de amêndoas que, depois de 20 minutos em descanso, decantam, quando, na verdade, as indústrias sabem muito bem como fazer bebidas cremosas e que permaneçam em suspensão.

Essa revolução é, em parte, baseada nos desejos dos consumidores por produtos com cada vez menos ingredientes. Até itens benignos, como sabores naturais e amido de milho, são vistos como desnecessários e desprezados. Atualmente, menos é mais. E essa tendência está sendo estendida também para o trabalho de marca, design e embalagem. O resultado de tudo isso é que a percepção de um alimento perfeito está mudando. Só o tempo dirá se os consumidores aceitarão esses produtos “imperfeitos”, mas, ao que tudo indica, os clientes com menos de 30 anos estão muito abertos a essa novidade.

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