10 maiores fraudes da história recente dos Estados Unidos

Segundo lugar é ocupado por Bernard Madoff, autor do maior desfalque individual de todos os tempos

Antoine Gara
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Fraudes em grandes empresas são mais comuns do que gostaríamos. A denúncia mais recente dá conta de manipulação em testes e emissões de poluentes nos carros da marca Volkswagen nos Estados Unidos. As acusações, que motivaram outros países a abrir investigação contra a montadora, causou quedas no valor das ações e foi o estopim para a substituição do CEO da companhia.

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Em meio a escândalos frequentes, resolvemos descobrir quais foram as maiores fraudes dos últimos 25 anos dos Estados Unidos.

Para decidir, foram usados como critérios perdas de investidores, ações da Securities & Exchange Comission (SEC) e do Departamento de Justiça dos EUA e ações judiciais privadas, assim como o impacto social provocado.

Veja na galeria de fotos as 10 maiores fraudes da história recente dos Estados Unidos:

  • 1°) Enron

    A empresa de energia faliu em 2001, após alegações de enormes fraudes de contabilidade, que enxugaram os US$ 78 bilhões que a Enron valia no mercado de ações. Isso levou ao colapso a empresa de auditoria Arthur Andersen e motivou a criação da Lei Sarbanes-Oxley, que visa garantir a criação de mecanismos de auditoria e segurança confiáveis nas empresas. O acordo de US$ 7,185 bilhões foi o maior de todos os tempos. O presidente Jeff Skilling cumpre pena de 24 anos de prisão.

  • 2°) Bernard Madoff

    O esquema Ponzi, tipo de operação em pirâmide, em que rendimentos anormalmente altos são distribuídos aos investidores às custas do dinheiro pago pelos investidores que vêm depois, resultou em uma fraude de US$ 65 bilhões, comandada pelo gerente financeiro Bernard Madoff, de de Nova York. Foi a maior fraude individual de todos os tempos. O esquema veio à tona em dezembro de 2008 quando Madoff, que agora cumpre pena de 150 anos, confessou o crime para seus filhos. O caso levou a Securities & Exchange Comission (SEC), que perdeu várias oportunidades de parar a fraude, a investigar de perto outros esquemas do mesmo gênero.

  • 3°) Lehman Brothers

    O banco de investimentos Lehman, com US$ 600 bilhões em ativos, faliu no fim de 2008. Foi a maior falência da história e um estopim para a crise financeira mundial. Um relatório de um examinador de falências conclui que havia reivindicações “ilusórias” contra os altos executivos e sua auditora, Ernst & Young, mas a SEC e o Departamento de Justiça ainda não arquivaram as acusações.

  • 4°) Cendant

    Logo após a empresa ter sido criada, em 1997, pela fusão entre a CUC International, conglomerado baseado na associação de clientes que oferecia serviços de viagens e compras, entre outros, e a franquia de hotéis Hospitality Franchise Systems (HFS), uma fraude na contabilidade da CUC foi descoberta. A estimativa é uma perda para os investidores de US$ 19 bilhões, maior fraude processada pela SEC até então. Ações judiciais de classe de valores mobiliários liquidaram mais de US$ 3 bilhões. Um juiz condenou o presidente da CUC International, Walter Forbes, a 21 anos e sete meses de prisão e o ordenou a pagar US$ 3,275 bilhões como restituição.

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  • 5°) MF Global

    A empresa de corretagem, presidida por Goldman Sachs e o senador e depois governador de Nova Jersey Jon Corzine, tinha US$ 41 bilhões em ativos antes de falir em outubro de 2011. Isso coloca a MF Global em oitavo lugar na lista das 10 maiores falências. Um ano depois, US$ 1,6 bilhão em ativos de clientes ainda estavam faltando e a SEC e o Departamento de Justiça não tinham arquivado as acusações. Uma empresa antecessora, a Refco, com US$ 33 bilhões em ativos, faliu em 2005.

  • 6°) WorldCom

    A falência induzida por fraude da empresa de telecomunicação enxugou uma companhia que antes tinha US$ 103,9 bilhões de ativos em seus livros. Os resultantes US$ 6,1 bilhões de indenização tornam a restituição a segunda maior desde 1995. O CEO da WorldCom, Bernard Ebbers, foi condenado por fraude e cumpre 25 anos de prisão.

  • 7°) Fannie Mae

    Fannie Mae, empresa então líder do mercado secundário de hipotecas do país, pagou à SEC US$ 400 milhões em 2006 para resolver as acusações por declarações financeiras enganosas de 1998 a 2004. Em dezembro de 2011, a SEC acusou três altos executivos da empresa por fraudes de segurança, alegando que teriam enganado os investidores sobre a extensão da hipoteca e escondendo empréstimos de alto risco durante a crise financeira. O governo assumiu a Fannie Mae em 2008.

  • 8°)HealthSouth

    Em março de 2003, a SEC acusou o CEO da empresa de planos de saúde, Richard M. Scrushy, de exagerar na declaração de ganhos em pelo menos US$ 1,4 bilhão por quatro anos. Scrushy foi absolvido de todas as acusações mas, mais tarde, foi para a cadeia por outra acusação, de subornar o governador do Alabama. Quinze altos executivos, incluindo todos os cinco diretores-executivos financeiros recentes, foram considerados culpados por fraudes de contabilidade.

  • 9°) Tyco International

    O CEO Dennis Kozlowski e o diretor-executivo financeiro Mark Swartz deixaram a Tyco, empresa de sistemas de segurança, com mais de US$ 150 milhões em bônus e empréstimos não pagos, de 1996 a 2002. Ambos continuam na cadeia, mas Swartz tem permissão para sair aos fins de semana. Ações judiciais de classe custaram à empresa US$ 3,2 bilhões.

  • 10°) Qwest Communications

    As ações da Qwest eram negociadas por US$ 64 em 2000, antes de despencarem para US$ 1 por causa de uma fraude na contabilidade que durou anos. A investigação da SEC e do Departamento de Justiça foi solicitada por uma carta anônima de denúncia. O CEO Joseph Nacchio teve US$ 44 milhões confiscados e foi para a cadeia. Ações judiciais de classe confiscaram mais US$ 400 milhões, mas os investidores tiveram grande prejuízo.

1°) Enron

A empresa de energia faliu em 2001, após alegações de enormes fraudes de contabilidade, que enxugaram os US$ 78 bilhões que a Enron valia no mercado de ações. Isso levou ao colapso a empresa de auditoria Arthur Andersen e motivou a criação da Lei Sarbanes-Oxley, que visa garantir a criação de mecanismos de auditoria e segurança confiáveis nas empresas. O acordo de US$ 7,185 bilhões foi o maior de todos os tempos. O presidente Jeff Skilling cumpre pena de 24 anos de prisão.

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